
Comprar um carro, restaurar e trocar as peças deixando-o mais parecido com os modelos originais. A prática é certamente o hobby de muitos homens apaixonados por automóveis, mas também está presente na vida de mulheres, como a caçadorense Andréia Pollo, 24 anos.
Tudo começou em 2006, quando ela comprou seu 1º carro, um Fusca branco ano 1974 modelo 1980, o qual foi pago em suadas prestações durante um ano. Com o veículo quitado, Andréia pensou em vendê-lo para comprar outro, mas a paixão pelo Fusca fez com que a bióloga mudasse de idéia e decidisse restaurá-lo. “Vem de família. Meu pai teve nove fuscas de cores diferentes”, conta. Na oficina, os primeiros reparos foram na lataria. Em seguida a parte mecânica, inclusive o motor, precisou ser refeita. Por fim veio a troca na forração e estofados. “Eu já tinha algumas revistas Fusca e Cia e a partir deste momento passei a comprar todo mês. Foi com a ajuda da revista e da Internet que escolhi cada detalhe que deveria ser trocado ou colocado”, revela Andréia.

O objetivo da proprietária era ter um carro exclusivo. “Retirei os piscas do para-lamas e coloquei no para-choque, usei um retrovisor diferente, as sinaleiras traseiras optei por um modelo mais atual, retirei os respiros laterais, frisos e outros detalhes”, exemplifica. A pintura foi um caso a parte. A opção pelo rosa partiu da intenção de Andréia de ter um carro sem outro igual. “Não foi fácil chegar a cor ideal. Comprei várias amostrar de tintas e nenhuma me agradou. Até que eu e minha mãe fomos até a loja de tintas, ajudamos o vendedor a fazer as misturas até chegar numa tonalidade legal, o rosa metálico”, relata.
O trabalho todo de restauração demorou cinco meses, mas valeu a espera, segundo a proprietária. “Ainda lembro quando peguei o Fusca na oficina e fui pra casa dirigindo sentada numa caixa de supermercado. No mesmo dia acabei sendo internada e quando sai do Hospital fui direto pegá-lo na estofaria”.

Atualmente o Fusca de Andréia é famoso na cidade. Por onde passa ganha a atenção de todos, crianças, jovens e adultos. “Muitos querem tirar fotos, dar uma volta, outros querem comprar, querem saber onde eu mandei fazer. É gratificante”, afirma Andréia. “Acho interessante que as pessoas pensem mais em restaurar carros antigos ao invés de comprar outro. Vejo como uma questão de preservação ambiental”, conclui.
